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O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizou uma pesquisa inédita com 32 pacientes que revelou lesões vasculares irreversíveis provocadas pela Chikunguya. Vera Lúcia Amaral Marques, de 45 anos integrou o grupo de pacientes que participaram do estudo, suas pernas pesadas, o inchaço nos pés e a dificuldade de andar fizeram a dona de casa usar sandálias especiais ortopédicas e muleta um ano após ser diagnosticada com o vírus da chikungunya no Recife.

"Tanto as minhas pernas como meus pés ficam horríveis de tão inchados. Sinto câimbras antes de dormir e tenho vergonha de usar short ou vestido curto. Pareço mais velha, não vou mais para academia e até os meus sapatos eu tive que deixar de lado porque já não cabem mais", disse a pernambucana à BBC Brasil.

Dos 32 pacientes analisados com os sintomas, 29 voltaram para serem acompanhados pelos especialistas no estudo. Destes, 20 repetiram o exame e foi constatado que 65% mantinham as alterações vasculares crônicas.

"Manifestações vasculares na chikungunya estavam restritas a fases iniciais. Agora, o estudo mostra não só uma nova manifestação como a cronificação dela, já que os sintomas persistiram por mais de três meses", destaca Catarina Almeida, cirurgiã vascular responsável pelo estudo.