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Estudo sugere que zika prejudica migração de neurônios para o córtex

17/05/2017

Pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) são responsáveis por estudo recente publicado na revista Molecular Neurobiology, que confirmou que o vírus da zika em mulheres no primeiro trimestre de gestação pode gerar bebês com alterações cerebrais graves.

Apesar disso, ainda não foram descobertos quais mecanismos são responsáveis por resultar na má formação do sistema nervoso central. De acordo com os pesquisadores, até o momento, existem evidências científicas que levam a suposição de que o vírus interfere na interação entre neurônios e as células essenciais ao desenvolvimento do córtex cerebral.

Segundo o orientador do estudo, Alexandre Hiroaki Kihara, do Centro de Matemática, Computação e Cognição (CMCC) da UFABC, existem estudos sugerindo que a infecção pelo zika modifica a expressão de genes codificadores de uma família de proteínas conhecidas como conexinas. “Elas são responsáveis por promover a adesão entre os neurônios e as células da glia. Mas as consequências desse fato para o desenvolvimento do cérebro não foram exploradas nesses artigos”, disse Kihara.