Voltar A resistência do H. pylori a antibióticos aumenta em todo o mundo
31/07/2018
A prevalência da resistência do Helicobacter pylori a antibióticos é > 15% em muitas regiões da OMS.
A resistência a antibióticos é associada à falha no regime de tratamento.
Por que isto importa
Os níveis alarmantes exigem medidas apropriadas para erradicar a resistência a antibióticos em cada região.
Desenho do estudo
Metanálise de 178 estudos envolvendo 53.583 pacientes avaliou as taxas de resistência do H. pylori a claritromicina, metronidazol, levofloxacino, amoxicilina ou tetraciclina.
Foram reunidas as estimativas agrupadas de resistência primária e secundária por região da OMS.
Financiamento: Centro Alemão de Pesquisa de Infecções (German Center for Infection Research); o projeto da Lista de Patógenos Prioritários (Priority List Pathogens) da OMS.
Resultados principais
Prevalência de resistência primária:
Claritromicina: Região europeia, 18% (IC 95%, 16% - 20%), região leste do mediterrâneo 33% (IC 95%, 23% - 44%), região do oeste pacífico 34% (IC 95%, 30% - 38%), região das Américas 10% (IC 95%, 4% - 16%) e região do sudeste asiático, 10% (IC 95%, 5% - 16%).
Metronidazol: >15% em todas as regiões da OMS, variando de 56% (IC 95%, 46 - 66) na região leste do mediterrâneo a 23% (IC 95%, 2% - 44%) na região das Américas.
Levofloxacino foi ≥ 15% em todas as regiões da OMS, exceto pela região europeia (11%, IC 95%, 9% - 13%).
A resistência combinada a claritromicina e metronidazol foi 19% (IC 95%, 0% - 39%) na região leste do mediterrâneo e < 10% nas outras regiões.
Amoxicilina e tetraciclina: ≤ 10% em todas as regiões da OMS, exceto pela região leste do mediterrâneo (amoxicilina, 14%, IC 95%, 8% - 20%).
A resistência secundária à claritromicina foi ≥ 15% em todas as regiões da OMS: 18% (IC 95%, 13% - 23%) na região das Américas, 17% (IC 95%, 10% - 27%) na região leste do mediterrâneo, 48% (IC 95%, 38% - 57%) na região europeia, 15% (IC 95%, 8% - 27%) na região do sudeste asiático e 67% (IC 95%, 54% - 80%) na região do oeste pacífico.
A resistência à claritromicina tinha uma associação significativa com a falha de regimes contendo claritromicina (OR, 6,97; P < 0,001).
De modo semelhante, a resistência a levofloxacino (OR, 8,18; P < 0,001), metronidazol (OR, 2,52; P = 0,004) ou a resistência a claritromicina + metronidazol (OR, 9,40; P < 0,001) mostrou uma associação significativa com a falha dos respectivos regimes.